“não poderia ser diferente
não viria de outra forma tal palavra
pronunciada,
manuscrita/ digitada…
não viria, se não fosse diferente”
Apenas palavras diferentes
de fatos inusitados
de um caos tão bem organizado…
ocorreria tal encontro de palavras,
Abaixo, seguem as palavras que
por acasos e esbarrões pararam em minhas mãos
mãos? email
que agora é o mais fácil meio.
Enfim, um texto da desconhecida Edna.
Tão sã quanto minha pessoa… ou não
“Uma folha em branco faz a gente pensar no que escrever.Eu não. Simplesmente a folha em branco já me faz saber o que escrever.As pessoas são diferentes e agem diferentemente uma das outras.É por isso que eu sou diferente e penso no que escrever antes mesmo de escrever.Por exemplo, agora não tive tempo de pensar no que escrever, mas a minha mão já se acostumou com o ritmo frenético de escrever que antes mesmo que eu pudesse pensar em algo minha mão já escrevia.As idéias borbulham em minha mente…Não sei o que faço para ser normal; intitulada de normal.Eu sou normal dentro do meu conceito;Eu não sou louca…As loucas não sabem o que escrever…Eu sei…Então é isso? As pessoas é que são loucas?Realmente é assim: eu sou normal porque sei o que escrever; as pessoas são loucas porque não sabem o que escrever.E as colocações? E a conjugação correta do verbo?Tem que fazer tudo isso?Saber o que escrever não é saber escrever…As leis da língua portuguesa nos norteiam.Mas…Quem me garante que a língua portuguesa está correta?Se o texto e a criação são meus eu redigo conforme minhas leis…Ah então estamos falando da licença poética…Que bom! Realmente a língua portuguesa é correta.Eu escrevo errado e ela me protege com a licença poética…Por quê?Para fazer uma poesia é necessário errar?Não.Mas eu erro você erra e nós erramos.Não paremos, pois “a vida é efêmera”.“Vivamos intensamente”…Não é um pedido, mas uma ordem…Conjuguei o verbo viver propositadamente no modo imperativo,Porque se não se obriga, não se cumpre.O ser humano é assim: até para viver precisa de ordem.Que patético! Mas vamos terminar pelo menos a folha…Vamos? Quem vai?Somente EU estou fazendo esse texto…Então não é “vamos”, mas sim “vou”!Estou sendo prolixa em minhas idéias…O que queria e acredito que tenha conseguido mostrar é a capacidade do ser humano em improvisar textos que não são obrigatórios.A lei nos inibe e ameniza nossa capacidade de raciocinar em prol de uma dissertação.Temos que nos limitar a um assunto.Sou a favor da liberdade de produção de texto!Mas isso não é possível.Tudo bem.Um dia quem sabe isso mude.Enquanto isso eu fica aqui na esperança de o mundo mudar e ser normal.”
Essa moça precisa estudar sobre pós-modernismo. Ela será, certamente, mais livre depois disso.