004

Por que a poesia é bem acompanhada da chuva. Se for em um barzinho, decaído, de noite, sentindo saudade… tanto melhor Tanto melhor ainda, se o ritmo vier da distância, se a distância separa o desconhecido, então, se acompanha com água de côco.. Líquida onda de ir e vir. Sentimento com um pulsar, lento, cardíaca…
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004

Por que a poesia é

bem acompanhada da chuva.

Se for em um barzinho,
decaído,
de noite,
sentindo saudade… tanto melhor
Tanto melhor ainda,
se o ritmo vier da distância,
se a distância separa o desconhecido,
então,
se acompanha com água de côco..
Líquida onda de ir e vir.
Sentimento com um pulsar, lento,
cardíaca
cadência.
Pois é dono de todas a horas, o tempo.
Ritmo da vida, de mundos distintos,
distantes de tal, fútil, realidade.
A poesia, que emana.
Livre!
Ela que ja nasceu com a liberdade em seu nome.
que anda solta em seus pensamentos, por mundos tão seus
que não ouso penetrá-los; por não pertencer a ninguém mais.
Estes são os mundos que formam o negro e profundo olhar distante.
Quantas horas ainda separam,
seu perdido olhar das ondas e brisa quente de um junho nordestino?
Ela que é a própria poesia.

sem título – 085

Já explodiu no peito, o grito incontido! Ficou em dois pés tomou o mundo, criou deuses, venerou, usurpou, corrompeu, subornou. Já se fez humano. Agora que se fez “dono” do mundo, nada mais resta além do pavor, daquilo que se tornou. … aunque la mona se vista de seda, mona queda

sem título – 085

explodiu no peito, o grito incontido!
Ficou em dois pés tomou o mundo, criou deuses,
venerou, usurpou,
corrompeu, subornou.
Já se fez humano.
Agora que se fez “dono” do mundo, nada mais resta além
do pavor, daquilo que se tornou.
… aunque la mona se vista de seda, mona queda