sem título – 098


aquele 20 postagens depois do 78

Não é mais que inodora, incolor e insípida a vida.
Mesmo que vivida, quanto mais vivida
mais ainda dela se intoxica
vida insalubre
que de não salobra
envenena
de viver muito
morre.
Único destino desde o princípio
silenciosa e macabra contagem regressiva
dona morte que de cima
ou de baixo
com seu negro manto
conta os dias sem nos contar
ou as parcas
tecendo dia a dia
nosso destino
enquando vivemos
sobre vivemos
até o tão esperado
uns pensam
inesperado
outros des esperados
enfim
um dia
sem mais nem menos
fim

sem título – 096

can can máquinas dançam can can máquinas de café, mulatinhas dançam samba máquinas sentem perfume gatos cafuné proparoxítonas máquinas de fazer café modernas e proparoxítonas máquinas de fazer crochê e que se ilmunine máquinas mulatinhas de fazer café esquizofrênicas máquinas proparoxítonas de triturar futas curiosas máquinas de estiramento se pudessem tais máquinas de estiramento estirar…
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sem título – 096

can can

máquinas dançam can can
máquinas de café, mulatinhas dançam samba
máquinas sentem perfume
gatos cafuné
proparoxítonas máquinas de fazer café
modernas e proparoxítonas máquinas de fazer crochê
e que se ilmunine
máquinas mulatinhas de fazer café
esquizofrênicas máquinas proparoxítonas de triturar futas
curiosas máquinas de estiramento
se pudessem tais máquinas de estiramento
estirar o tempo
tornar cada vão minuto
daquele sabor que emana
sabor que exala
entra pelas narinas
aquele céu
que me absorve
absorver?
reter?
é isso que quer dizer?
talvez só ab sorver
para dis solver
como um suco?
ou açucar no copo?
como açúcar no café?
das máquinas mulatinhas proparoxítonas de fazer café?
dis solver
como a areia entre os dedos
mas molhada não dissovel..
gruda
grudar também é dis solver
iludir
di luir
di minuir
f luir
usu fruir

outras palavras – 001

“não poderia ser diferente não viria de outra forma tal palavra pronunciada, manuscrita/ digitada… não viria, se não fosse diferente” Apenas palavras diferentes de fatos inusitados de um caos tão bem organizado… ocorreria tal encontro de palavras, Abaixo, seguem as palavras que por acasos e esbarrões pararam em minhas mãos mãos? email que agora é…
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outras palavras – 001

“não poderia ser diferente

não viria de outra forma tal palavra
pronunciada,
manuscrita/ digitada…
não viria, se não fosse diferente”
Apenas palavras diferentes
de fatos inusitados
de um caos tão bem organizado…
ocorreria tal encontro de palavras,
Abaixo, seguem as palavras que
por acasos e esbarrões pararam em minhas mãos
mãos? email
que agora é o mais fácil meio.
Enfim, um texto da desconhecida Edna.
Tão sã quanto minha pessoa… ou não
“Uma folha em branco faz a gente pensar no que escrever.
Eu não. Simplesmente a folha em branco já me faz saber o que escrever.
As pessoas são diferentes e agem diferentemente uma das outras.
É por isso que eu sou diferente e penso no que escrever antes mesmo de escrever.
Por exemplo, agora não tive tempo de pensar no que escrever, mas a minha mão já se acostumou com o ritmo frenético de escrever que antes mesmo que eu pudesse pensar em algo minha mão já escrevia.
As idéias borbulham em minha mente…
Não sei o que faço para ser normal; intitulada de normal.
Eu sou normal dentro do meu conceito;
Eu não sou louca…
As loucas não sabem o que escrever…
Eu sei…
Então é isso? As pessoas é que são loucas?
Realmente é assim: eu sou normal porque sei o que escrever; as pessoas são loucas porque não sabem o que escrever.
E as colocações? E a conjugação correta do verbo?
Tem que fazer tudo isso?
Saber o que escrever não é saber escrever…
As leis da língua portuguesa nos norteiam.
Mas…
Quem me garante que a língua portuguesa está correta?
Se o texto e a criação são meus eu redigo conforme minhas leis…
Ah então estamos falando da licença poética…
Que bom! Realmente a língua portuguesa é correta.
Eu escrevo errado e ela me protege com a licença poética…
Por quê?
Para fazer uma poesia é necessário errar?
Não.
Mas eu erro você erra e nós erramos.
Não paremos, pois “a vida é efêmera”.
“Vivamos intensamente”…
Não é um pedido, mas uma ordem…
Conjuguei o verbo viver propositadamente no modo imperativo,
Porque se não se obriga, não se cumpre.
O ser humano é assim: até para viver precisa de ordem.
Que patético! Mas vamos terminar pelo menos a folha…
Vamos? Quem vai?
Somente EU estou fazendo esse texto…
Então não é “vamos”, mas sim “vou”!
Estou sendo prolixa em minhas idéias…
O que queria e acredito que tenha conseguido mostrar é a capacidade do ser humano em improvisar textos que não são obrigatórios.
A lei nos inibe e ameniza nossa capacidade de raciocinar em prol de uma dissertação.
Temos que nos limitar a um assunto.
Sou a favor da liberdade de produção de texto!
Mas isso não é possível.
Tudo bem.
Um dia quem sabe isso mude.
Enquanto isso eu fica aqui na esperança de o mundo mudar e ser normal.”

sem título – 095

pois de repente as palavras sumiram..e aquelas que tão facilmente saiamtal qual letras que flutuam pelas músicas que encaixam com teu sorrisoexalam a alegria que emanatão fluida por certo, de sorte tal este homem que a tomar pra sitraz-me a adolescência na sua presençarara presençaurgência dos sentidos..som, o som de uma voz tão ímpar… únicahábito…
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sem título – 095

pois de repente as palavras sumiram..
e aquelas que tão facilmente saiam
tal qual letras que flutuam

pelas músicas que encaixam com teu sorriso
exalam a alegria que emana
tão fluida

por certo, de sorte tal
este homem que a tomar pra si
traz-me a adolescência na sua presença
rara presença
urgência dos sentidos..
som, o som de uma voz tão ímpar… única
hábito quase diário de observar o riso estático
a mulher de olhar melancólico hipnotizante

mulher aquela que consegue me perturbar!